Com entoações de neo-psicadélico, electro-pop e garage punk adicionadas ao indie rock, os Balthazar são um dos exemplos do bom rock que se faz na Bélgica.
Tudo começou em 2004, quando Maarten Devoldere, Jinte Deprez e Patricia Vanneste ganharam uma competição de jovens talentos com a música “Lost and Found”, mais tarde incluída no EP homónimo, editado em 2006.
O álbum de estreia, “Applause”, surgiu em 2010, seguido por “Rats”, passados dois anos, que conta com a colaboração do premiado produtor Noah Georgeson (The Strokes, Devendra Banhart, etc.). Ambos foram amplamente aclamados pela crítica e pelo público, tendo sido distinguidos com o prémio de melhor álbum 2010 e 2012, respetivamente, pelos Music Industry Awards (MIA).
No primeiro trimestre de 2015, é lançado o terceiro álbum, “Thin Walls”. Poucos meses depois, coincidindo com a saída da violinista Patricia Vanneste, os restantes membros dos Balthazar fizeram o que tantas bandas precisam de fazer para revigorar o seu som: colocaram o projeto em pausa.
Três dos membros iniciaram projetos a solo: Jinte Deprez criou o alter ego J.Bernardt e lançou um disco repleto de registos R&B e hip hop, o outro vocalista Marteen Devoldere chegou a lançar dois discos sob o nome Warhaus e o baixista Simon Casier criou Zimmerman e lançou um álbum de lo-fi indie rock com uma sonoridade idêntica aos The Strokes.
Entretanto, a banda reinventou-se em “Fever”, o último disco da banda, que surge após uma pausa de quatro anos e que marca o regresso do indie rock dos Balthazar aos palcos, em 2019.
A inspiração que os músicos recolheram ao trabalhar em projetos a solo deixou a sua marca no novo disco, revelando-se na utilização de pulsantes sintetizadores, percussão africana, batidas techno, capturas sonoras atmosféricas e arranjos de cordas de sons orientais. Desde as primeiras notas de baixo da faixa de abertura “Fever”, fica claro que a banda indie belga mudou. Trata-se de um álbum mais celebrativo e extrovertido que denota o entusiasmo por voltarem a juntar-se.
É com esta atmosfera psicadélica, a identidade electro-pop, os rasgos punk e uma sonoridade inimitável que os Balthazar nos vão brindar, no dia 24 de novembro, no Hard Club, no Porto.